27 Nov 2018 10:32
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<h1>«Could This 20-Year-Old Kid Make Bitcoin Obsolete?</h1>
<p>Enquanto espero a hora de dirigir-se pra residência de uma de minhas irmãs pra ceia de Natal, me invade aquele espírito, natalino ou não - acho que fui mais impressionado na experiência que tive de manhã. Um pirralho me interpelou pela via para adquirir panos de chão e panos de prato que, segundo ele, feitos por sua mãe.</p>
<p>O moço tinha o rosto inteiramente deformado pelo fogo, assim sendo com seus braços e mãos, transformando-o em uma figura incrível. Mas, ao observar em seus olhos não vi nenhuma sombra de ressentimento, auto-piedade, raiva. Vi uma pessoa tranqüila, que tranquilamente tentava fazer um serviço sem apelações. Hoje à tarde, ao fazer minha fisioterapia, fiquei pensando nele e viajando. Tomado por esse espírito, fui procurar alguma coisa no passado para botar por aqui no Blog pra fazer companhia aos meus leitores nessa noite. Descobri, no entanto nada a olhar com Natal, nada a acompanhar com o que vivenciei à tarde.</p>
<p>Alguma coisa a enxergar com lindeza, talento, capacidade, graciosidade, história do nosso tênis, desperdício, o que poderia ter sido e nunca foi, uma pitada de espiritualismo e morte. O texto é de 2002, também perto do Natal. Apesar de neste momento ter ouvido esparsos comentários a respeito do evento da minha aura e a minha luz serem fortes e bonitas, nunca fui muito de acreditar que eu tinha qualquer tipo de conexão especial com o invisível e o inexplicável. Isso até pensar com o “vovô” durante toda noite da última sexta-feira.</p>
<p>No caso, nenhum dos meus avôs, entretanto sim o ex-tenista Ronald Barnes, carioca da gema mais conhecido nesse codinome desde jovem. Como muito acontece, certos protagonistas ficam em nossa memória mais por idealizações e detalhes enevoados do que por razões concretas e dados precisos. Barnes foi o tenista mais seleto que neste instante vi em uma quadra de tênis. Apresentação digna de um lord. Um dandi de shorts e camisa brancas com uma coroa de louros no peito. Os cabelos lisos eram penteados pra trás, seguros por alguma brilhantina da época, término dos anos 50 e início dos sessenta.</p>
<p>Teu caminhar era marcante e diferente de qualquer outro que conheci. No encerramento de seus passos, ao ir para trás, os pés se levantavam mais do que o normal, dando um ritmo e uma cadência distintos. Prontamente vi outros tenistas do Country, usual clube de Ipanema, imitando-o, no entanto nunca semelhante ao original.</p>
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<p>A elegância não se restringia à tua figura. O seu tênis era gracioso, nobre. Mais refinado do que cada outro que neste instante tive chance de enxergar e, seguramente, mais atraente. Hoje em dia, o suíço Roger Federer me lembra seu estilo. A raquete Dunlop Maxply de madeira parecia uma batuta em tuas mãos regida por um maestro sabedor de sua competência. Vovô era um talento impar que fazia o tênis parecer tão descomplicado quanto percorrer para frente.</p>
<p>Não era muito grande, devia ter alguma coisa em torno de 1.76m, mas na quadra se agigantava. Bateu, sem exceção, os melhores de sua época. Era temido, em quadra, por todos, conhecedores de teu talento. A primeira vez, eu era ainda bem garoto, que vi tua esquerda, pirei. Batida “flat”, com uma suave cobertura de “top spin”, era poesia pura. Seus voleios eram de uma estirpe não mais vistas em quadras de tênis.</p>
<p>A direita não era a melhor do universo, nem tão agressiva quanto as atuais - todavia aquela esquerda.. Mais de uma vez me ofereci pra ser juiz de linha em seus jogos só pra vê-la de perto. Entendo os erros que cometi sempre que me concentrava nela. Barnes, que aprendeu seu esporte nas quadras de saibro de Ipanema, descreveu teu grande talento bem jovem, derrotando o Orange Bowl em Miami Beach, em vista disso o equivalente ao campeonato mundial juvenil. Como adulto chegou às semifinais do Aberto dos Estados unidos, desta forma jogado nas quadras de grama de Forest Hills, próximo a N. York. Teve outros excelentes resultados em sua carreira e defendeu o Brasil na Taça Davis em muitas ocasiões.</p>